
A capoeira chegou no município Pé de Serra em 1997, sendo introduzida inicialmente por Geraldo de Zé Caboco.
Esse primeiro contato foi seguido pela atuação de Mestre Tché Bahia, que fundou o grupo, capoeira Forte, através desse grupo, muitos alunos foram formados, e logo, com o suporte de Tché Bahia, Lindoval começou a ministrar aulas na cidade, dando continuidade à prática da capoeira em Pé de Serra.

Atualmente, os principais responsáveis por esse esporte no município são o instrutor Vanzinho e o contramestre Lindoval, no entanto, a prática da capoeira em Pé de Serra não recebe apoio institucional e, infelizmente, está quase extinta.

As raízes da capoeira que começou lá atrás em 1997, hoje se faz presente com núcleos ativos em cidades vizinhas, como Pintadas e Capela.

No município capelense o instrutor Vanzinho, tem base em três povoados, Capelinha, Lagoa das flores e Beira Rio, tendo em média cinquenta alunos.

O contramestre Lindoval da aulas em Pintadas, em tempo integral, tendo uma grande quantidade de alunos sob sua instrução.

Enquanto isso na cidade de Pé de Serra, os amantes deste esporte enfrentam sérias dificuldades para manter essa tradição viva.
A principal é a falta de apoio, o que dificulta o fortalecimento da capoeira na cidade, mesmo sendo uma manifestação cultural transformadora, que traz benefícios tanto para a saúde quanto para a educação e o bem-estar da comunidade.

Em contato com a nossa reportagem, Vanzinho relata que essa arte não recebe o incentivo necessário para se expandir e se consolidar em Pé de Serra, e saliente que curiosamente, em outras cidades da região, a prática recebe mais apoio do que no próprio município, o que torna ainda mais evidente a necessidade de ações mais efetivas para garantir a continuidade dessa arte.

E qual seria a solução?
“O reconhecimento da capoeira como parte do patrimônio cultural e esportivo do município é fundamental para seu desenvolvimento e a inclusão da capoeira nas escolas e nas modalidades esportivas e culturais de Pé de Serra pode contribuir para o fortalecimento da prática” afirma o jovem instrutor, Vanzinho.
A Lei Moa do Katendê, recentemente sancionada pelo governador do estado, abre uma oportunidade para que políticas públicas favoreçam a capoeira, e isso deve se refletir também em ações concretas no município, garantindo que a capoeira, com seu poder transformador, seja preservada e valorizada pelas futuras gerações.

Os entusiastas da capoeira, praticantes e admiradores da cultura afro em Pé de Serra vivem essa expectativa, da inclusão deste esporte no dia a dia dos alunos da rede municipal de ensino, como acontece em municipios vizinhos.
Também seria de grande proveito uma parceria institucional com a destinação da devida verba para a realização de eventos e apoio a capoeiristas locais, em seus intercâmbios.
Enquanto isso não acontece, a capoeira jinga, luta, dar rasteira nos problemas, e tenta uma voadora nas dificuldades se mantendo de pé a cada dia e buscando sua sobrevivência.
