Pé de Serra vive a expectativa do lançamento do filme “A vizinhança de Maria Etelvina”, que acontecerá neste sábado (07) no Centro cultural.

A reportagem do site Jornal do interior conversou com Clécio Santana, roteirista e ator que interpreta a protagonista do curta metragem, “Maria Etelvina”.

Clécio, como está a expectativa para o lançamento do filme que acaba sendo uma novidade para o município de Pé de Serra, o primeiro curta metragem de ficção do qual temos informações?

Alan, realmente a produção de um filme nessa linha de comédia, com os atores daqui mesmo, de Pé de Serra, ambientado inteiramente aqui, porém em variados lugares, cenas urbanas e cenas rurais, enfim ainda não tinha sido feito algo parecido.

Quando escrevi esse texto para o teatro nunca imaginei que a peça tomasse a dimensão que tomou, e claro ainda não tinha pensado em transformá-la num filme.

Com a possibilidade, através do apoio financeiro da Lei de Incentivo a Cultura, Paulo Gustavo engrenei o projeto e deu nisso. A expectativa é grande, a galera tá ansiosa, reagindo muito às publicações de divulgação do lançamento, eu acredito que será tão impactante quanto foi a peça.

Como nasceu a personagem Maria Etelvina, e que nome mais nome chamativo em…

A personagem, Maria Etelvina surgiu como todos os personagens que criei, até aqui; bate uma ideia, vou desenvolvendo, polindo, ajustando e ela toma forma, vai ficando no jeito mais ideal para que me faça acreditar que ela já existe e não tem mais volta.

O nome surge do seguinte, eu gosto de usar nomes pouco comuns, isso ajuda muito a emplacar, né! Quando a gente escreve e lança um nome que chama à atenção, isso já é um forte elemento para a obra.

Depois da ideia de produzir o filme, já consigo ver algo, me dá a impressão de que o filme era realmente o que poderia estar faltando para completar essa construção.

Como foi o processo de gravação das cenas, pelo que temos conhecimento tem muita ação, tem briga, e até mesmo morte, não foi difícil esse tipo de insenação?

Gravar é muito difícil, principalmente quando a gente mete o peito assim, sem uma produção grande, recursos limitados, pouca gente pra auxiliar, enfim, sendo um pouco de cada função.

A inexperiência também nos deu muitos freios. Nunca havia feito algo nessa linha mais exigente. Uma coisa é produzir a peça e levar aos palcos, outra coisa totalmente diferente é produzir um filme, sem nunca ter sequer sido ator de um filme.

Eu li muita coisa, assisti alguns vídeos de produtores de curta metragens pra me ajudar a entender o mínimo e fazer com o menor sentimento de errar tanto. Tenho a sorte de contar com Levi, nosso cinegrafista que apesar da pouca idade manja muito bem e sabe como descobrir os melhores ângulos, dá ótimas sugestões e tal.

As cenas de ação, as mais altas, eu diria foi com Levi que desenvolvi a ideia de produção pra convencer com precisão. E a gente ficava surpreso no final, gostando do resultado. Eu estava muito preocupado com as cenas policiais porque eu queria bem realista, mas não é fácil envolver a PM.

Com muito cuidado, contamos com o apoio e fizemos de modo que me deixou muito satisfeito.

E as cenas de conflito físico, como é que foi?

Para as cenas mais arriscadas, como arremesso de objetos que podem machucar, por exemplo, a gente grava por partes e une de modo que transpareça uma única sequência. Precisa ser bem feito.

Gravar, ver como ficou, se for preciso, regrava e assim vai. É um processo demorado, cansativo, massante, mas o resultado sendo bom vale tudo. O tiro veja bem, eu nunca atirei, então teria que ser com efeito, mas encaixando exatamente no momento certo, com os movimentos bem coordenados.

Como foi feita a escolhe do elenco para atuar no filme?

O elenco é formado por pessoas que eu escolhi, cada um por uma razão, ou seja, conhecendo seu potencial, distribui. Por ser uma figura engraçada no seu dia a dia, minha mãe compõe o elenco no papel de Dona Lia. Rapha que já é meu parceiro em muitos trabalhos na arte, na cena não poderia ficar de fora, ele interpreta muito bem o personagem, Firmino. Para fazer o papel do “menino”, que é um dos pontos mais altos do texto, eu demorei um pouco, mas encontrei o garoto ideal, e Arthur Henrique sempre me mostrou uma expressividade sem igual, um dia ele me visitou na sala da diretoria da escola e fez naturalmente uma cena, pronto.

Quando lembrei disso bati o martelo, convidei, conversei com a família, deu tudo mais que certo. Assim também foi com os outros, a partir de algo que já havia me mostrado na linha de interpretação. O nosso elenco é muito bom.

Neste momento como é que está aquela ansiedade, o frio na barriga da espera pelo grande dia?A minha expectativa, apesar de não gostar muito desse momento que antecede, é a melhor. Sei que tudo precisa de um processo, com certeza pra isso não seria diferente, mas esses dias nos trazem certo sofrimento, uma agonia. As pessoas estão muito ansiosas, contando as horas e eu também pra mostrar o que fizemos com tanto carinho.

Recebo reações, retorno de amigos de todo esse Brasil querendo saber, pedindo pressa. Deu trabalho, teve dias em que pensei, meu Deus, pra que inventei isso, mas é assim mesmo.

Nosso lançamento será com a cerimônia para convidados, no Centro Cultural Marilda Raimunda Rios, às 19h do dia 7 de dezembro. No mesmo dia, às 21h o filme será publicado para todos verem no canal do Youtube com o mesmo nome, A Vizinhança de Maria Etelvina.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *